De 11 a 15 de junho, o instituto Dançar realizou diversas ações artísticas voltadas a pacientes e profissionais
O projeto é realizado com a Lei Rouanet e com o apoio da AstraZeneca
A pequena Renata gosta muito de música, principalmente se for do cantor Roberto Carlos. Na quarta-feira (13), ela pôde prestigiar um show quase particular – contudo, não era do “rei”. Quase, porque a menina dividiu a atenção dos artistas com as outras crianças que estavam no Ambulatório de Neuropediatria do Complexo Hospital de Clínicas.
“É muito bom, pois distrai os pacientes. Se não tivesse a música, eu teria que esperar lá fora. A música sempre a deixou calma”, conta a mãe, Dinacir Padilha.
Neste caso específico, a apresentação musical ficou a cargo de Fábio Lyra (violão) e Ivan Rafael (bandolim). A dupla faz parte do Instituto Dançar, de São Paulo. Desde 2007, em parceria com a empresa AstraZeneca no Brasil, realiza o projeto “Viva A Cultura!”, com apoio da Lei Rouanet.
“O objetivo desse projeto é realizar intervenções artísticas para as crianças que estejam internadas ou em tratamento. Queremos dar um alívio a esses pacientes e despertar uma alegria neles. Um descanso, um alívio”, declara Maysa Lepique, produtora responsável pelo evento.
Felicidade
A Jehnifer teve seu dia de cantora (a menina de rosa no vídeo). Esperando para pegar o resultado de um exame, ela foi surpreendida pelos dois músicos. Tímida no início, aos poucos foi se juntando à dupla. Após ser aceita, o trio cantou diversos sucessos infantis, como “A Dona Aranha” e “Galinha Pintadinha”.
“Eu gosto muito de música, de cantar e de dançar”, falou ao repórter, novamente envergonhada.
Em seu artigo Musicoterapia usa identidade musical para ativar cérebro, Gianpiero Gasparini afirma que “os impulsos cerebrais provocados pela música afetam todo o corpo”, fato confirmado pela paciente Luciane Aparecida:
“Quando se está triste e abatido, é muito importante que projetos assim sejam feitos. Louvor, cantoria e interação. Precisamos disso nesse momento que atravessamos. Alegra a alma e o coração”, ressalta.
Presentes
Os pacientes mirins que participaram das oficinas artísticas ganharam um kit de materiais escolares, como tela e tinta guache, giz de cera, canetinha, estojo, lápis de pintura, pincel, massa de modelar, um caderno de desenho e um livro para colorir.
“A sacolinha é uma lembrança do projeto para eles levarem para casa e estimularem a arte”, explica Maysa.
Teatro de bonecos
As crianças da creche “Pipa Encantada” e alguns pacientes do Hospital assistiram a peça “O Macaco e a Velha”, apresentada pelo grupo Furunfunfum. Interagiram, gritaram, denunciaram o macaco e, mais importante, se divertiram com a estória de um símio muito esperto – porém ladrão de bananas.
Junto com a esposa Paula, Marcelo Vieira é responsável pela montagem desde 1992. “É um momento de suspensão. Não é que as crianças ‘saem’ da realidade, é que talvez elas entrem em uma mais profunda. É um momento mágico”, diz.
Caso queira acompanhar o trabalho do grupo, acesse o link: http://www.vivaacultura.com.br/
Confira um vídeo com os melhores momentos do evento:
Texto: Leonardo Henrique orientado por Renildo Meurer - Unicom - CHC/UFPR
Imagens: 1ª e 2ª: Emannuel Ribeiro - Yupy Kids
3ª a 9ª: Leonardo Henrique e Lorival Veloso - Unicom - CHC/UFPR
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